Sempre na minha mente e no coração...

Sempre na minha mente e no coração...
Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sábado, 16 de junho de 2012

Sobre "AUTISMO" O que é Autismo?


O Jogo em Crianças com Transtorno do Espectro Autista



Vejam este vídeo, para saber o que é Autismo

Após seis anos de investigação, Ana Saldanha conseguiu criar um instrumento único que permite avaliar a capacidade de jogo das crianças com autismo. A descoberta valeu-lhe nota máxima com distinção e torna-a a única portuguesa doutorada em Educação Especial.
Autismo2.jpgAos 30 anos, a maioria dos quais agarrados a livros, Ana ostenta um sorriso rasgado e não esconde o orgulho do trabalho realizado. Ontem, segunda-feira, na Universidade da Extremadura, pólo de Badajoz, defendeu durante cinco horas a tese “O Jogo em Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Desenvolvimento de um Instrumento de Avaliação”.
“Este é o fruto de alguns anos de investigação na área do Autismo” assegura Ana, revelando que a tese “surge pela carência de métodos/provas de Avaliação do Jogo Simbólico em Crianças Autistas”. A investigadora acredita e provou que “as crianças com autismo têm capacidade de jogo” apesar de “alguns autores discordarem”.
“Tanto para as crianças com incapacidade como os que não contam com ela, têm direito ao jogo e ao acesso aos brinquedos” explica Ana, admitindo que “os primeiros encontram sérias dificuldades para poder usar muitos dos jogos e brinquedos do mercado”.
Para a recém doutorada, o jogo “permite desenvolver a própria capacidade física e mental, sendo uma fonte de auto afirmação, satisfação e prazer”. O jogar “significa ser activo e preparar-se para a vida adulta”, afiança.
Depois do trabalho desenvolvido com 45 crianças espanholas, o novo instrumento de avaliação de Ana Saldanha permitiu demonstrar que “as crianças com TEA têm capacidade para poder desenvolver o jogo simbólico”, e ainda “comprovar que nesse jogo podem identificar-se dimensões que fazem referência a diferentes habilidades intelectuais específicas”.
A investigadora lembra que “o autismo é uma síndrome que ultimamente tem tido um maior enfoque de investigação”, devido ao facto de “actualmente, surgir nas escolas e nos centros educativos uma quantidade considerável de crianças com esta perturbação”. Mesmo assim, realça “deparamo-nos no dia-a-dia com uma grande dúvida no diagnóstico diferencial, entre autismo e nomeadamente o atraso mental”.
Durante a investigação, dividida entre Portugal e o país que escolheu para estudar, Espanha, Ana percebeu de imediato as grandes diferenças existentes. “Em Espanha trabalha-se em equipa. Os médicos, pediatras, psicólogos e outros especialistas trabalham em conjunto em prol da pessoa e isso não se vê em Portugal”, realça, assegurando que no caso do autismo “é importantíssimo este tipo de união entre todos”.
Defendendo que “a intervenção precoce é fundamental para o futuro das crianças com autismo”, Ana assegura que uma pessoa com autismo “pode ter qualidade de vida e até trabalhar”, basta para isso que “seja ajudada e estimulada”. Reforçando a necessidade de distinguir “autismo de doença mental”, a investigadora acredita que o instrumento de trabalho que desenvolveu permitirá dar mais felicidade aos autistas.
Fonte: Jornal de Notícias – 13/07/2010

Conheça os sinais típicos de autismo


Você conhece os sinais típicos do autismo? Muitos pais, preocupados com a possibilidade de os seus filhos sofrerem deste distúrbio, querem aprender sobre os seus sintomas. Como existem sintomas que prenunciam também outros tipos de condições, nem sempre é fácil diagnosticar o autismo. Este artigo irá discutir alguns dos sintomas mais comuns do autismo.
a_autismo.jpgAversão ao contacto físico
Todos os bebés precisam de ser tocados e amados para um desenvolvimento normal, e na verdade o desejo de ser tocado é um sinal normal nos bebés. Um dos sintomas do autismo é a criança não gostar de ser tocada. Este comportamento pode manifestar-se em crianças de tenra idade, o que é algo bastante perceptível pelos pais. É verdade que há outros sintomas observados em crianças autistas, mas a aversão ao contacto físico está amplamente divulgado. Uma vez que a aversão ao toque humano é tão comum, existem esforços para oferecer meios terapêuticos para ajudar as crianças a serem mais receptivas ao toque. No entanto, ainda vai levar algum tempo até que se possa falar concretamente sobre a sua eficácia. Às vezes uma criança autista tem sentimentos muito fortes sobre a invasão daquilo que consideram o seu espaço.
Desinteresse pela socialização
As crianças autistas têm dificuldade para socializar normalmente ainda muito jovens. As crianças que preferem ficar sozinhas em vez de brincar com as outras, não manifestam vontade de contacto visual e mantêm o afastamento, podem estar a expressar sintomas de autismo. Elas tendem a comunicar-se através de gestos e têm dificuldade em dizer aos outros o que precisam ou querem. Ficam muitas vezes incomodadas ou intimidadas em ambientes com outras crianças. Este comportamento, e as dificuldades de aprendizagem, torna as coisas muito difíceis e leva a que elas sejam geralmente colocadas em classes de educação especial.
Dificuldade de comunicação
É comum uma criança autista não convenientemente diagnosticada ser considerada surda. As crianças autistas podem ter uma forma habitual de falar, mas muitas vezes parecem ignorar a linguagem normal e mantêm-se em silêncio. É por este motivo que é muito comum as crianças autistas serem tidas como surdas, quando estão muito longe disso. Felizmente, este “diagnóstico” já é pouco frequente, devido a uma maior consciência sobre os problemas do autismo. As crianças com autismo são capazes de receber educação, mas devem frequentar aulas especiais que atendam às suas habilidades específicas de comunicação.
Não existem sintomas específicos do autismo; existem crianças autistas com tipos variados de sintomas e vários graus de gravidade. Embora tenhamos apresentado alguns sintomas comuns do autismo, é difícil generalizar sobre este transtorno, porque ele manifesta-se de muitas formas diferentes. A forma de tratamento dada, ou sugerida, para cada caso de autismo, depende da severidade da doença. Contudo, ainda não existe consenso sobre as causas do autismo e, assim, há divergências sobre o seu tratamento.
Fonte: Lo’n Article Directory – 09/10/2010


A eficácia das SSRIs no combate ao autismo



A eficácia das SSRIs no combate ao autismo


Embora os antidepressivos sejam vulgarmente receitados às pessoas com autismo, são limitadas as evidências de que este procedimento beneficie os adultos. Quanto às crianças com esta desordem, não existe nenhum estudo que garanta que estes medicamentos sejam eficazes.
a_autismo.jpgA análise, relatada na Cochrane Database of Systematic Reviews, vem reforçar as dúvidas sobre a aplicação no autismo de antidepressivos conhecidos como inibidores selectivos da recaptação da serotonina (SSRI – selective serotonin reuptake inhibitor).
No ano passado, um estudo financiado pelo governo dos EUA constatou que a SSRI citalopram (Celexa), tinha um mero efeito placebo na melhoria dos comportamentos repetitivos em crianças com autismo. Na época, os especialistas manifestaram surpresa com a falta de benefícios do Celexa, e disseram que os resultados mostram a necessidade de comparar os testes feitos com antidepressivos com os resultados registados na aplicação de um placebo nestas crianças.
Assim, os investigadores confrontaram os resultados obtidos no estudo Celexa com os dados recolhidos em seis ensaios clínicos, de dimensão muito menor, registados na literatura médica.
Em geral, eles não encontraram nenhuma evidência de que os SSRI fossem melhores do que os placebos para melhorar os comportamentos repetitivos ou outros sintomas em crianças com autismo. E só havia evidências limitadas de dois pequenos estudos clínicos que mostraram melhorias em alguns aspectos, como ansiedade, depressão e outros, mas em adultos autistas.
De acordo com os pesquisadores, liderados pelo Dr. Katrina Williams, um pediatra da Universidade de New South Wales e Sydney Children’s Hospital (Austrália), não há uma base sólida que sustente a recomendação do uso rotineiro de SSRIs no tratamento de autismo. Por outro lado, os pesquisadores também não recomendam que se pare o tratamento das pessoas com autismo que já estão a ser medicadas com SSRIs.
Actualmente, não existem medicamentos específicos aprovados para o tratamento de distúrbios do espectro autista (ASDs – autism spectrum disorders), um grupo de transtornos de desenvolvimento que dificultam a capacidade das pessoas de se comunicar e construir relacionamentos. As condições variam de casos graves de autismo clássico até à relativamente branda síndrome de Asperger.
Terapias comportamentais e educacionais que visam o social, o desenvolvimento e os problemas de comunicação são a base do tratamento do autismo. Mas as SSRIs são muitas vezes prescritas para ajudar em alguns sintomas; estima-se que até 40% das crianças com autismo têm sido tratadas com antidepressivos. Nos EUA, foram aprovados três SSRIs para crianças com mais de sete anos: sertraline (Zoloft), fluoxetine (Prozac) and fluvoxamine (Luvox).
Uma das razões para o uso de SSRIs em ASDs é que as drogas podem ser eficazes contra a ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo, condições cujas características são semelhantes a alguns comportamentos observados no autismo. Por exemplo, comportamentos repetitivos – como a repetição de determinadas palavras ou acções, ou um comportamento obsessivamente rotineiro – são características principais do autismo.
Além disso, os SSRIs aumentam os níveis de serotonina cerebral. Segundo o Dr. Williams, atribui-se à serotonina a capacidade de alterar o sono, o humor, a agressividade e outros processos cerebrais, cujas alterações são frequentemente verificadas no autismo. Mas foram poucos os ensaios clínicos para testar a eficácia no tratamento do autismo em crianças e adultos. Williams e os seus colegas encontraram apenas sete pequenos ensaios clínicos de curto prazo, nos quais foram aleatoriamente aplicadas SSRIs e placebos para comparação.
O estudo Celexa, o maior de todos, incluía 149 crianças com ASDs, que foram administradas com SSRIs ou com um placebo durante três meses. Em cada grupo, aproximadamente um terço das crianças mostraram melhorias nos comportamentos repetitivos durante o período de estudo, sem nenhuma vantagem do antidepressivo. Nenhum dos outros estudos, sendo o maior feito com 39 crianças, teve duração superior a três meses.
De uma maneira geral, os cinco estudos que se centraram sobre crianças e adolescentes não mostraram benefícios no tratamento por SSRIs, de acordo com os pesquisadores; os ensaios testaram os medicamentos fluoxetina, fluvoxamina, e, nos dois estudos mais antigos, fenfluramina – um medicamento que já foi retirado do mercado nos EUA.
Dois dos estudos, um com fluoxetina e outro com fluvoxamina, incluíram adultos. Nestes ensaios clínicos notou-se alguma eficácia nos pacientes que tomaram SSRIs no que diz respeito a comportamentos obsessivos, ansiedade, depressão e agressividade, em comparação com os que foram administrados com placebo. No entanto, os estudos foram pouco abrangentes (6 e 30 participantes) e de curta duração (8 a 12 semanas).
Além disso, os SSRIs podem ter efeitos secundários, e as preocupações sobre estes efeitos são maiores em crianças e adolescentes. No estudo com citalopram, uma das crianças desenvolveu sintomas de apreensão que obrigaram a hospitalização, e continuou a ter crises depois de ter parado de tomar citalopram. As crianças que tomavam este medicamento apresentaram maiores níveis de comportamento compulsivo, problemas de sono e dificuldades de concentração, do que as que tomavam o placebo de controlo.
Quanto a efeitos secundários, segundo a equipa de Williams, não foram verificados nas crianças que tomara Prozac; nas que tomaram Luvox, as informações recolhidas foram escassas.
Dada a falta de eficácia e o potencial de efeitos secundários, os SSRIs não são recomendados para crianças com autismo, dizem os pesquisadores. No caso dos adultos, Williams informa que há “informação preliminar que sugere eficácia” no alívio da depressão, da ansiedade, do comportamento obsessivo-compulsivo e da agressão”. A decisão de receitar um SSRI a um adulto com autismo deve ser feita caso a caso, de acordo com Williams. Assim, existirão pessoas com autismo cujo tratamento com SSRIs esteja a ser benéfico.
Williams conclui que “as crianças e os adultos que estejam a ser medicados com SSRIs (ou outro antidepressivo), apresentem melhoras nos sintomas para os quais foram prescritos e não existam efeitos secundários, eles devem continuar com a medicação”.
De acordo com Williams, são necessários maiores e bem conduzidos testes com SSRIs no tratamento do autismo, incluindo ensaios com SSRIs que ainda não foram postos à prova em ensaios clínicos, mas que estão a ser prescritos a pessoas com autismo, como são os casos de sertralina e paroxetina (Paxil). Estes estudos servirão para os investigadores descobrirem se certos subgrupos de pessoas com autismo respondem melhor do que outros aos SSRIs.

Nenhum comentário: